Se você cresceu ouvindo “toma um chazinho que passa”, provavelmente já conheceu o Plectranthus amboinicus mesmo sem saber o nome. Aqui em casa ele atende por boldo-miúdo, mas dependendo da região pode virar hortelã-grossa, malvarisco, ou até boldo-do-jardim. Só não é o boldo-do-Chile (esse é outro), mas quem já usou, sabe: funciona.

Como identificar?

É uma planta rasteira ou pendente, com folhas grossas, peludinhas e bem aromáticas. O cheiro? Uma mistura de orégano, menta e até lembra boldo. As folhas são menores do que o boldo comum, mas crescem em abundância, principalmente em vasos e beiradas de quintal.

E se a gente esquece de regar? Ela sobrevive. Se a gente poda? Ela agradece. É daquelas plantas que não precisam da gente… mas a gente vive precisando dela.

Usos culinários (sim, dá pra temperar!)
Em muitas partes da Ásia, especialmente na Índia e nas Filipinas, esse “boldo” é usado como tempero, especialmente em carnes, cozidos e até em frituras. Dá um sabor intenso, um pouco amargo, mas perfumado. Vai bem em pequenas quantidades.

Chazinho da salvação

A fama do Plectranthus vem mesmo do chá. Ele é usado tradicionalmente para:

Aliviar dores estomacais e má digestão
Ajudar no fígado preguiçoso
Combater gases
Aliviar cólicas e enjoo
Modo básico: amassar uma ou duas folhas e jogar em água fervente. Deixar abafado por 5 a 10 minutos. E sim, pode tomar morno e com mel porque o sabor puro é… digamos, “eficiente” mas não é saboroso.

Tem contraindicação?

Apesar de natural, o uso excessivo ou prolongado pode irritar o estômago ou sobrecarregar o fígado. Pessoas com problemas renais, gestantes ou em uso de medicamentos devem evitar sem orientação médica.

Como sempre: natural não é sinônimo de inofensivo. Use com respeito, não com exagero.

Cultivo? Fácil demais

Gosta de sol ou meia sombra
Tolera pouca água
Se adapta bem em vaso
Poda e rebrota com facilidade
E o melhor: afasta insetos no jardim
É o tipo de planta que você esquece que plantou… e quando percebe, já virou um matagal!